segunda-feira, 27 de abril de 2009

Uma noite com os excluidos (Parte 2)

Saímos da igreja, era mais ou menos uma 21:30, em direção a cracolândia, a noite prometia, começamos a marchar, pois o povo de Deus sempre tem que marchar, a ordem é pra marchar, passamos a barão de Rio Branco entregando alguns folhetos, uns pegavam com um sorriso, outros recusavam (misericórdia), mas íamos entregando sempre com um sorriso no rosto (marca de quem tem o no rosto a beleza de Cristo) Chegamos na rua vitoria, vimos que a rua estava fechada, pois a policia havia fechado, durante a semana o jornal nacional fez graves acusações sobre o lugar (todas verdades) e a policia, foi e fez seu habitual barulho, pegou alguns usuários, tudo isso só pra mostrar, pegamos uns drogados e nunca pegaremos a droga. Passando a rua Vitoria, na rua ao lado, sem a presença da policia estavam os usuários, como se nada estivesse acontecido, chegamos paramos o carro e começamos o trabalho, alguns estavam com o crack na mão, na hora que nos via ficavam muito envergonhado, outros nem ligavam para nossa presença, e usavam drogas na nossa frente, foi ai que um rapaz com uma cara de mau gritou – olha a palavra de Deus, respeita ai – eles estavam muito agitados, devido a tomada policial. Era gente vendendo, gente comprando, gente usando... pessoas, zumbis, gente abandonada, gente que dorme de dia, mas tem uma vida agitadíssima a noite.
Começamos a gritar – olha o lanche – sobre a voz de um irmão que glorificava e cantava vários hinos, quando de repente um homem Ezequiel, começa a cantar, meu Deus que voz linda, a musica eu nem sabia o que musica era aquela, mas uma voz bem afinada, ao final ele falou seu nome e disse – orem por mim – meu coração ficou cheio de tristeza e alegria como pode, um homem com uma voz linda daquela naquele lugar? Durante a noite, a grande maioria das pessoas com quem eu falei, a maioria era desviada dos caminhos do Senhor, eu penso “como pode tanta gente que servia o Deus vivo, esta vivendo nessas circunstancias? Me deu um medo de sair dos caminhos e me perder nesse mundão, eu sei em quem tenho crido.
Continuamos dando lanche e cantando, passamos por outras ruas, algumas com prostitutas que ao nos ver, tentaram nos provocar, insinuando-se, se deu mau, ninguém olhou, continuamos, na rua o movimento era intenso, minha mãe falou que por causa da policia as ruas estavam vazias. Meu Deus imaginei aquilo cheio... Descemos uma rua e vimos mais pessoas, dessa vez meu olhos se fitaram em uma menina de um sorriso lindo, devia ter uns 15 anos, uma adolescente uma garota linda, que eu dei uma brecha a confundindo com um menino, bem se não fosse pela voz eu nunca ia descobrir que ela era uma menina.
Continuamos vi crianças na ruas, bebes sentados, e uma emaranhado de gente, oramos, ouvimos falamos... Quer saber mais sobre essa historia, escrevendo a sua. Indo a Cracolândia. Pois a historia sempre se repete.

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