segunda-feira, 6 de abril de 2009

Onde esta a arte?

Bem Galera esse texto não é meu, mas mexeu de certa forma comigo (estou passando por um deserto)

A arte como expressão cultural e criativa sempre existiu, ou seja, ela preexistiu em Deus, em absoluta perfeição quando ele criou o universo.
Lemos em gênesis que Deus cria do nada, dando forma, sons cores, texrturas, aromas e sabores ao universo. Ele cria o universo e tudo que nele há, o adorna com estrelas e astro, separa um planeta e cria a natureza: a terra, o ar, a água e o fogo. Prossegue com a criação da fauna e da flora, enche a terra de beleza e aconchego. Finalmente no ultimo dia, cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança.
Ao criar o universo em que vivemos, ao criar a vida humana, Deus cria também a primeira forma de arte, e concede à sua criatura dons e talentos artísticos, alem da capacidade de apreciar a beleza. Na bíblia, lemos as instruções precisa de Deus para adornar o templo (ÊX 31:1 : 35:3), contemplamos a beleza poética dos Salmos e Cânticos dos Cânticos. Somos chamados a dançar com o Salmo 150.
Quando olhamos a obra criada por Deus, não podemos deixar entalecer o grande Artista, não podemos deixar de nos extasiar.
A humanidade, o micro e o macrocosmo são obras-primas, milagres da criação, frutos da genialidade criadora de Deus.
Deus é, portanto, a fonte, a origem da arte, e podemos dizer que o talento artístico é uma luz divina dada por Deus ao homem por meio da imago Dei (imagem e semelhança de Deus). Embora alguns homens se destaquem através de características especiais, a criatividade e a capacidade de apreciar o belo foram concedidas a todos.
A arte atrai e desperta a apreciação extasiada da beleza estética: leva a pensar conceitos, incita a usar a intuição para algo que não pode ser explicado ou captado de forma racional. A arte resgata o intuitivo, a inspiração, o lúdico, a criatividade e a transcendência. A percepção é uma resposta espiritual. Artistas são profetas numa sociedade dominada pela razão e pelo dinheiro.
Assim, existe na arte essa dimensão do mistério, do imponderável, do insondável, pois todos esses conceitos de capacitação talento, criatividade, liberdade nos conduzem ao Criador, ao Deus revelado nas escrituras, Pai de Jesus Cristo. O verdadeiro Deus Vivo e verdadeiro é a fonte e a origem da arte e da beleza a ser apreciada.
O produto da criação artística não serve apenas para ser comercializado, para entreter, decorar ou divertir, mas também para falar ao espírito humano mexendo com as entranhas, seja para inquietar ou enlevar. O testemunho eloqüente dessa afirmação pode ser conhecido através da contribuição de artistas como Bach, Van Eyck, Rembrandr, Solienitsyn, Dostoievski e outros, cujas criações provocam em nos um sentimento profundo de reverencia e sacralização.
O verdadeiro artista reconhece que há outro acima dele, trabalha e cria com alegria de um aprendiz sob o céu criado por outro artista, o Deus do universo. Esse reconhecimento é essencial para que o artista fique livre da armadilha narcisista, a síndrome da prima-dona inacessível, a ilusão de ser igual a Deus.
A arte, a criatividade, o esforço natural, a apreciação do belo não necessitam de justificativa ou espiritualizações. Muitas vezes discotomizamos a arte e dizemos “Isto é espiritual e isto é secular”.
Essa cisão acaba por fazer nos aceitar a mediocridade na arte feita por cristãos: pintura, arquitetura, teatro, dança literatura e musica comercializávamos e aceitos sem discernimento só por que o tema é evangélico, apesar do conteúdo artístico pobre.
Colocamos camisa-de-força em nossos artistas: os músicos devem entrar para o coral, os pintores precisam criar cenas bíblicas os atores tem de fazer evangelismo, os poetas não podem deixar de citar a bíblia, os dançarinos só fazem coreografias para o louvor.
Onde estão nossos artistas eruditos, populares e de vanguarda, criando sem censura com autenticidade e integridade, sem concessões comerciais? Na musica, vemos uma repetição pasteurizada e norte-americanizada de temas de adoração. São canções bonitas, com letras inspiradas, mas onde estão o maxixe o frevo, o samba o baião, o xote e outras riquezas de nossa cultura?
Há muita mediocridade na arte produzida no meio evangélico. Precisamos de restauração estética e ética. Mecenato e espaço para artistas cristãos, não só para belas-artes, mas tembem para a arte popular e a arte de vanguarda.

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